No nosso concelho existe felizmente um programa através do qual a autarquia financia os livros escolares aos jovens do nosso concelho.
Esta medida figurava única e exclusivamente do programa eleitoral do Partido Socialista de Fornos de Algodres, nas últimas eleições autárquicas, que se realizaram no ano de 2009. Na altura levantavam-se vozes do PSD clamando, onde iriam os socialistas arranjar dinheiro para pagar tão dispendiosa medida?! Bastou ganharem as eleições para ver nessa medida uma boa oportunidade para chamar a si, os méritos da ideia, negando tudo aquilo que diziam em plena campanha eleitoral.
Nós socialistas de Fornos de Algodres congratulamo-nos com esta evolução de pensamento do PSD local, por uma simples e evidente razão. Quem ganhou foram as crianças do nosso concelho e por inerência o concelho.
À boa maneira do PSD local não faltou o número da entrega em mão dos livros por parte do edil municipal, sem que nenhum dos vereadores da oposição estivesse presente. Depois das placas, eis que surge um novo modelo de propaganda típico daqueles que, não conseguem representar um número maior de pessoas do que aquelas que o elegem. Mas como essa não é uma tarefa ao alcance de todos, fiquem os fornenses com a clara noção de que, para nós, qualquer representante eleito deve representar todos sem excepção e não somente aqueles que contribuiram com o voto diretamente para a sua eleição.
A execução do programa, tirando o número propagandista, vinha a ser bem realizada até à forma "amadora" e ridícula como o processo foi tratado no presente ano.
A Câmara Municipal de Fornos de Algodres decidiu este ano, em cima do joelho, adquirir todos os livros diretamente às editoras, alegando que a medida gerava uma poupança considerável para o município. Nada de grave se tudo fosse tratado atempadamente.
O resultado desta tardia medida faria com muitos pais que já tinham efectuado as encomendas dos livros nas livrarias/papelarias do concelho se vissem obrigados a pagar nas livrarias do concelho uma fatura que a Câmara supostamente teria contratualizada à última hora com as editoras.
O mínimo que se exigia a uma entidade local era que numa situação deste tipo, tivesse existido o bom senso de entrar em contacto com as livrarias locais para lhes dar conhecimento atempadamente, repetimos atempadamente, da existência de uma proposta substancialmente melhor relativamente à aquisição dos manuais escolares. Provavelmente até teria sido possível às livrarias/papelarias do concelho apresentar uma contraproposta que fosse do interesse de todos, porque se é verdade a importância da poupança para o município, não é menos verdade que a sustentabilidade das empresas sediadas no município também deveria ser um dos focos de acção do executivo municipal. Não o é como fica mais uma vez provado, mas deveria ser.
A Juventude Socialista de Fornos fez chegar à Câmara Municipal, através dos vereadores do Partido Socialista, a sua preocupação relativamente à forma como todo o processo foi conduzido, mas sobretudo com o intuito de garantir que não existiriam jovens do concelho de Fornos de Algodres excluídos do programa, apenas porque, tinham cumprido à risca o procedimento normal para a aquisição dos manuais escolares nas livrarias do concelho.
A resposta do município é a de que, de facto existiram erros ao longo do processo. Para os corrigir foi decidido que a CM (Câmara Municipal) pagaria nas livrarias/papelarias de Fornos de Algodres, exactamente o mesmo valor por livro que pagou às editoras, garantindo deste modo que todos os jovens fornenses necessitados eram abrangidos pelo programa.
No entanto a Juventude Socialista gostaria de partilhar com os fornenses algumas ideias relativamente a esta opção:
1 - Dado que a CM não negociou os livros com as papelarias/livrarias do concelho e decidiu tudo de um modo desorganizado, o preço dos mesmos deve ser substancialmente diferente, pelo que existirá sempre, uma diferença de tratamento para os nossos jovens (porque uns terão de pagar a diferença e outros não) que não faz qualquer sentido em programas deste tipo.
2 - Consideramos que o respeito pelas empresas locais deve ser um dos pilares de acção do executivo municipal. Este episódio demonstra a forma menor como o executivo trata aqueles que decidem apostar o seu futuro no nosso concelho, decidem criar os seus filhos no nosso concelho, decidem investir no nosso concelho. Se depois de consultadas as empresas locais e de analisada a sua proposta e contra-proposta a Câmara Municipal decidisse adquirir diretamente os livros, com base numa poupança considerável para os cofres municipais, tería sempre a nossa concordância, deste modo, deixamos claro, JAMAIS O TERÁ!
Fornos será sempre aquilo que nós, os que por cá estamos e amamos esta terra, conseguirmos fazer dela. O respeito por todos sem excepção será sempre um dos princípios inerentes à actividade da Juventude Socialista.
Queremos atrair mais gente para o nosso concelho, sim queremos, mas nunca desrespeitando quem cá está e luta diariamente para que sejamos um concelho melhor.
Houvesse tanta organização no desenvolvimento do programa como há no número propagandista que o sucede e nada disto teria acontecido. Mas para o PSD local a pouco mais de um ano de eleições, o importante é organizar a forma como os livros serão distribuídos e não o modo como são adquiridos, pelo que o importante ainda está para vir.
A Juventude Socialista continuará na busca de soluções para o futuro do nosso concelho, mas igualmente atenta ao presente de modo a garantir que não existirá qualquer atitude discriminatória para nenhum cidadão do nosso concelho.
Juntos Construiremos um Futuro Melhor!
O Secretariado da Juventude Socialista
O Secretariado da Juventude Socialista
