sexta-feira, 25 de março de 2011

Conclusões da Conferência "Comércio Local - Enquadramento Actual e Perspectivas Futuras"

A Juventude Socialista de Fornos de Algodres organizou, no passado sábado (dia 19 de Março) uma conferência subordinada ao tema “Comércio Local: enquadramento actual e perspectivas futuras”. O evento decorreu no espaço do restaurante Quinta das Courelas e contou com largas dezenas de jovens e comerciantes de Fornos de Algodres e de outros concelhos do distrito da Guarda.

Na sessão, participaram como oradores Luís Miguel Ginja, vereador na Câmara Municipal de Fornos de Algodres; António Silva, vereador na Câmara Municipal de Celorico da Beira; Rui Costa, empresário, e Pedro Delgado Alves, Secretário-Geral da Juventude Socialista. Ao longo de mais de duas horas foram debatidos os problemas sentidos pelos comerciantes e apontadas novas perspectivas de revitalização deste tecido económico.
A JS torna públicas algumas conclusões saídas da sessão de forma sucinta e clara, de modo a poderem ser aproveitadas por quem de direito.

Luis Miguel Ginja - Vereador na Câmara Municipal de Fornos de Algodres

- Necessidade, por parte do município, de dar voz aos comerciantes antes de decidir sobre o comércio local;
- Criação de um gabinete de apoio ao comércio local;
- Isenção das taxas sobre a publicidade/esplanadas/expositores externos para pequenos comerciantes;
- Informação aos comerciantes sobre os programas de financiamento existentes, de modo a garantir uma efectiva igualdade de oportunidades;
- Apoio aos comerciantes no que toca a novas estratégias de marketing.
- Anulação do contrato que obriga o pagamento de parqueamento na EN16, autorizando estacionamento gratuito por tempo limitado.


Rui Costa – Empresário com investimentos em Fornos de Algodres

- Detecção de falhas na capacidade de comunicação dos produtos e serviços por muitos comerciantes;
- Apelo à realização de cursos de formação em TIC para comerciantes, de modo a poderem adoptar novas estratégias de promoção dos seus produtos;
- Necessidade de promover os serviços e produtos de Fornos nas capitais de distrito, pois nas vilas prestam-se, muitas vezes, os mesmos serviços que nas cidades mais populosas mas a custos bastante mais acessíveis;
- Detecção de escolhas erróneas nos concursos públicos, que privilegiam grandes empresas para serviços que seriam oferecidos com igual qualidade e preço inferior por empresas locais.


António Silva – Vereador na Câmara Municipal de Celorico da Beira

- Necessidade de um marketing territorial à escala regional;
- Promoção do empreendorismo público: Câmaras produzirem ideias para que pequenos comerciantes implementem;
- Realização de eventos encadeados que promovam o comércio (ex. “Feira dos Produtos da Terra”, organizada pela Junta de Freguesia de S. Pedro em Celorico da Beira);
- Necessidade de serem as autarquias e as Juntas a promoverem candidaturas a fundos para investimentos focalizados (Ex. Turismo rural; produtos endógenos, etc.).
- Apoio das autarquias aos empresários locais: formação aos pequenos produtores no que toca às regras de rotulagem e de certificação dos seus produtos para uma melhor e mais eficaz promoção);
- Necessidade de ser o investimento público a alavancar o privado, por exemplo, criando fundos de investimento para o comércio local;
- Promoção e venda de produtos locais à escala Nacional.


Pedro Delgado Alves – Secretário-Geral da JS

- Necessidade de as autarquias se tornarem pólos de dinamização das oportunidades existentes;
- Incentivo ao funcionamento em rede dos vários serviços e produtos do comércio local;
- Coordenação do comércio local com actividades culturais que atraiam pessoas;
- Aposta na diferenciação de serviços entre o comércio local e as grandes superfícies, investindo-se na proximidade e nas necessidades de populações específicas;
- Solidariedade inter-geracional para reinventar este tipo de comércio de que os portugueses continuam a precisar;
- Necessidade da manutenção de medidas de discriminação positiva para com o interior do país.


Alexandre Lote – coordenador da JS Fornos de Algodres

- Criação de um cartão municipal da juventude;
- Criação de um gabinete de apoio ao investimento;
- Necessidade de união entre os pequenos e médios comerciantes para fazerem ouvir as suas posições e reivindicarem os apoios que merecem.

A JS continuará a contribuir para a revitalização de um sector da economia que tão bem tem servido as populações - o comércio local. Afinal, fazer política no século XXI deve ser isto: detectar problemas, reflectir sobre eles e apontar soluções para os superar.










1 comentário:

  1. Pois, até parece que deu algum efeito. Mas será que só as farmácias, necessitam de um lugar para os clientes. Os Outros comerciante não pagão os mesmos impostos. Será que agora também querem ter comerciante de 1ª e outros de 2ª.

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